11/08/2007

Novo portal do Grupo Estado traz conteúdo jovem e colaboração wiki

Mais de R$ 50 milhões foram investidos no www.limao.com.br, o portal jovem que o Grupo Estado lançou na segunda-feira (05/11). O Limão será um ambiente “wiki” (os internautas produzem seu próprio conteúdo em seus wikisites, como comunidades), mas contará com uma equipe de jornalistas que, além de produzir o noticiário para a home do portal, também vai avaliar a relevância dos wikisites.
“A equipe vai estimulando para que sejam feitas comunidades com temas relevantes, por meio de selos, mas há 12 jornalistas cuidando apenas das reportagens de texto do site e mais três que ficam com o conteúdo multimídia”, disse André Bianchi, diretor de Estratégias Digitais do Grupo Estado.
O temas tecnologia, esportes e o chamado “mundo bizarro” ganham mais espaço no portal, pois, segundo as pesquisas de opinião feitas pelo portal, são as que mais chamam a atenção dos internautas mais jovens.
“Mas aqui ainda estamos nos esforçando para descobrir como falar um pouco sobre política, sobre cidades, com esse público também”, acrescentou Bianchi.
O projeto mobilizou cerca de 150 pessoas - 100 delas serão fixas do portal, entre programadores, jornalistas e outros profissionais.

Fonte: Comunique-se

OS MEIOS ELETRÔNICOS E A EDUCAÇÃO

Televisão, jogo eletrônico e computadorValdemar W. Setzer1. IntroduçãoEste artigo foi escrito originalmente em espanhol como texto para um workshop realizado no Festival IDRIART La Educación Encerra un Tesoro, realizado em San Salvador, em março de 1998 (ver essa versão em meu site). Ele foi traduzido para o português por Ana Vieira Pereira e revisto e ampliado por mim. É o primeiro artigo de meu livro sobre meios eletrônicos e educação [Setzer, 2001, p. 15-39].Neste ensaio descrevo brevemente, de um ponto de vista fenomenológico, os aparelhos de televisão, videogame e computador e a atitude daqueles que os usam. Em seguida, abordo o seu impacto no âmbito educacional. A abordagem conjunta dos três meios permite uma interessante comparação entre eles com relação à sua influência nos seus usuários, percebendo-se que cada um atua primordialmente numa região da atividade interior das pessoas. Artigos publicados em [Setzer, 2001] expandem ou especializam as considerações sobre cada um dos aparelhos (ver também artigos em meu site). As minhas considerações estão baseadas na Pedagogia Waldorf [Lanz, 1998], introduzida por Rudolf Steiner em 1919 e utilizada em mais de 800 escolas espalhadas pelo mundo.2. A televisão2.1 O aparelhoA televisão é um aparelho baseado num tubo de raios catódicos. Nele, um filamento é aquecido, formando à sua volta o que se chama de "nuvem de elétrons". Uma diferença muito grande de potencial elétrico (no caso de uma TV a cores, 25.000V) entre o filamento e a tela metalizada arranca os elétrons dessa nuvem, que deixam o filamento sob a forma de um feixe e encontram a tela; é no ponto de contato com ela que o fósforo da tela emite luz. O feixe é deslocado magneticamente, fazendo o que se chama de "varredura" (scanning), um caminho na tela por linha - primeiro as linhas ímpares, depois as pares, diminuindo-se assim o efeito de piscar (flickering). É interessante notar que a imagem nunca se encontra completa na tela, pois, quando o feixe volta para um ponto por onde já passou, este deve estar completamente "apagado", senão haveria sobreposição e a imagem deixaria de ser nítida. Assim, a imagem é formada de fato na retina, pela sua retenção luminosa, contrariamente a objetos observados pela visão. Uma variação na intensidade do raio produz pontos mais ou menos luminosos. No caso da TV a cores, há uma máscara com seqüências de três pontos vizinhos: vermelho, verde e azul; a combinação de diferentes intensidades do feixe em cada elemento de um conjunto desses três pontos produz no telespectador uma ilusão de cores. Cada imagem é formada 30 vezes por segundo, dividida em linhas formadas seqüencialmente por meio de pontos. No cinema, as imagens são formadas por quadros completos (24 por segundo) e não por linhas de pontos.A imagem é muito grosseira: são cerca de 300.000 pontos - só para efeito de comparação, a retina tem cerca de 150 milhões de células sensíveis à luz. Assim, não é possível distinguir-se a expressão de uma pessoa se ela está focada por inteiro. Por isso nas novelas e nos telejornais somente o rosto é focado - como será visto adiante, a expressão da pessoa é fundamental na transmissão. Compare-se também nossa acuidade visual ao olharmos uma árvore a certa distância, vendo-se nitidamente as folhas; se ela é focalizada pela câmera de TV por inteiro, as folhas não podem ser distinguidas na tela.Como no cinema, a televisão pode ser caracterizada como um sistema de imagens consecutivas, dando a impressão de movimento, com som sincronizado. Diferenças fundamentais são os fatos de que o aparelho é muito pequeno, e a tela de cinema é grande (o que exige movimentação dos olhos), e a imagem do cinema é muitíssimo mais fina e projetada por inteiro.


Fonte ; Midia e Educação

Para ler mais este artigo clique em:
http://www.midiaeducacao.org.br/artigos/index.php?noticia=6&titulo=OS%20MEIOS%20ELETRÔNICOS%20E%20A%20EDUCAÇÃO

Criatividade do Fanzine

Esse é uma nova mídia que podemos utilizar na sala de aula também, é o fanzine.
Veja este como exemplo:

http://www.midiaeducacao.org.br/midiajovem/fanzines/fan1.pdf

Alternativas para popularizar TV digital

Ao final da audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor para debater os serviços prestados por operadoras de canais de TV por assinatura e a venda do equipamento para conversão da TV digital, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, reforçou que o ministério está discutindo com o Fórum da TV Digital alternativas para a popularização da nova tecnologia no País.Segundo Costa, talvez seja necessário iniciar o processo com um conversor de preço maior até que o mercado invista no setor. O ministério estima que em dois anos sejam movimentados R$ 9 bilhões na venda de conversores. Ele assegurou ainda ao deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) que já há um canal digital disponível para a TV Câmara.O ministro anotou as várias sugestões feitas pelo deputado Celso Russomanno (PP-SP) sobre o regulamento de proteção e defesa dos direitos dos assinantes dos serviços de TV por assinatura, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que ainda será analisado pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso.Ele informou ainda que, em relação às reclamações sobre programação dos canais por assinatura, elas deverão ser feitas à Agência Nacional do Cinema (Ancine), que é a responsável por regular os conteúdos da TV por assinatura.Já sobre os problemas gerados pelo monopólio na TV por assinatura, inclusive com a fusão da DirecTV com a Sky, realizada neste ano, o ministro recomendou que as reclamações sejam encaminhadas ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).Contestação O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou, na audiência pública, que o preço máximo para o terminal de acesso à TV digital (set-top box), em sua versão mais sofisticada, será de R$ 500. Ele disse que os boatos que correm na imprensa sobre um preço de R$ 700 a R$ 1 mil são "um caso de polícia".Costa afirmou ainda que os deputados deveriam abrir uma CPI para saber por que alguns empresários querem cobrar tanto pelo equipamento, que custa 70 dólares (cerca de R$ 122) no Japão e na China.Sobre as TVs por assinatura, o ministro ressaltou que os problemas dos consumidores devem ser solucionados com a aprovação do regulamento de proteção e defesa dos direitos dos assinantes dos serviços de TV por assinatura, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo ele, falta apenas o regulamento ser submetido ao Conselho de Comunicação Social do Congresso.Entre as medidas previstas, estão a proibição de cobrança mensal por um ponto extra no domicílio; a previsão no contrato do preço, índices e periodicidade de reajuste; a possibilidade de suspensão do serviço a pedido do usuário de 30 a 60 dias por ano; e um prazo para as empresas responderem as reclamações e dúvidas - cinco dias para os call centers e dez dias por correspondência.O ministro recomendou também aos parlamentares que durante a discussão de uma nova lei para as agências reguladoras seja corrigido o equívoco da legislação existente, que atribui o poder regulador, fiscalizador e concedente às agências. Segundo ele, essas três atribuições deveriam ser divididas entre órgãos diferentes.

Fonte: Agência Câmara

Conversor de TV digital deve custar R$ 200 em 2008

Uma noticia sobre a TV Digital publicada hoje no Jornal O Globo

Conversor de TV digital deve custar R$ 200 em 2008, prevê Hélio Costa

Gomes Batista - O Globo
BRASÍLIA - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou nesta quarta-feira, em audiência pública na Câmara, que o governo está fazendo o que é possível para baratear o preço da caixa conversora da TV analógica para a TV digital.
Ele refutou a informação de que esse conversor custaria cerca de R$ 700 quando começaram as transmissões da TV digital em São Paulo, no dia 2 de dezembro. Costa afirmou que há hoje no mundo conversores que custam entre US$ 70 e US$ 100 e que, em meados do ano que vem, o modelo digital estiver nas principais capitais do país, o custo do conversor deverá estar em R$ 200.
- Custar mais do que isso é abusar da paciência dos brasileiros - disse.

A TV como você nunca viu

Uma noticia sobre a Tv Digital que saiu na revista Época:


A TV como você nunca viu

No Brasil, a ferramenta que permitirá esse tipo de recurso é um software batizado de Ginga, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Guido Lemos, que coordenou a equipe da UFPB, diz que as características do sistema nacional são únicas. “Fora daqui nunca houve a demanda de colocar tantas características de um computador no software. Na Europa, nos Estados Unidos e no Japão todos têm computador. Aqui, não.” O sistema inventado pelos pesquisadores brasileiros permite que os telespectadores usem outros aparelhos, além do controle remoto, para trocar informações com as emissoras. Pode ser até um celular.
O Ginga brasileiro é mais versátil que o sistema japonês. Durante o programa de auditório Kouhaku Utagassen, da emissora japonesa NHK, exibido sempre no último dia do ano, os espectadores elegem os melhores cantores. O público vota de casa com o controle remoto. Mas lá só se registra um voto por televisor. “Aqui no Brasil, com o celular, todos que estão assistindo a um programa como esse poderão participar ao mesmo tempo. Além de envolver mais gente, esse sistema permite que as emissoras e os anunciantes saibam quem está votando, pelo número de celular. Com isso, elas saberão melhor as preferências e os hábitos dos consumidores”, diz Lemos.
As possibilidades de interação com o espectador definirão o sucesso dos novos programas. “As atrações que mexam com o público vão se popularizar muito rápido”, diz Carlos Brito Nogueira, assessor de planejamento da Central Globo de Engenharia. Antes de pensar na interação, as emissoras estão investindo em equipamentos para gravar em alta definição. A Globo não revela quanto investiu, mas analistas estimam o valor em cerca de R$ 200 milhões. A Record diz ter investido R$ 50 milhões. A Bandeirantes e a Gazeta afirmam estar gastando R$ 40 milhões cada uma. Os primeiros programas em alta definição no Brasil são as novelas. A Globo e a Band já estão transmitindo as novelas Duas Caras e Dance Dance Dance, respectivamente, em alta definição.
“A imagem em alta definição tem seis vezes mais qualidade do que se vê atualmente na televisão”, diz Raymundo Barros, diretor de engenharia da TV Globo em São Paulo. Segundo ele, os detalhes para os espectadores serão muito mais ricos. Rodrigo Hilbert, que vive o personagem Ronaldo, descreve como as mudanças afetam cada detalhe do cenário. “Uma parede de tijolo, por exemplo, terá de ser uma parede de tijolo, e não uma parede cenográfica.” Barros diz que isso será especialmente importante em novelas ou séries de época, gravadas em externas ou em construções antigas do patrimônio histórico. São cenários que podem ter defeitos de fachada, fios expostos ou má conservação, e exigirão mais empenho de correção na fase de pós-produção. Além disso, os produtores de novela também já estão pensando as cenas para uma tela mais retangular, quase como a do cinema.
Será que os atores terão de ser mais novos, sem rugas? Essa é a preocupação do tradutor Silvio Hisashi Imafuku, brasileiro de 40 anos que mora no Japão e já acompanhou as mudanças vividas na televisão por lá. “A idade do pessoal da TV vai precisar diminuir, pois com as 60 polegadas e alta definição fica impossível não reparar nos traços s no rosto”, afirma. O supervisor de maquiagem da novela Dance Dance Dance discorda. “É como no cinema, os velhos continuam tendo seus papéis”, diz. “Só que na TV a diferença terá de ser na leveza da mão do maquiador, para que não fique tão perceptível.”
Uma das novidades da TV digital é a chance de assistir a programas em celulares ou notebooks
Outra grande novidade trazida pelo padrão digital de televisão é a chance de assistir à televisão em equipamentos móveis, como celular, computadores de mão, notebooks ou uma espécie de miniTV. Isso será possível desde o primeiro dia de transmissão do sinal e deve fazer com que suba a média de tempo que hoje os brasileiros dedicam à televisão. Segundo o IBGE, o brasileiro médio gasta cerca de 4,5 horas por dia em frente à TV. “As pessoas passarão a ver TV também enquanto estiverem em filas de espera e principalmente durante o trajeto que percorrem entre sua casa e o trabalho ou a escola”, diz o presidente do Fórum Nacional de TV Digital, Roberto Franco. “Em São Paulo, muita gente gasta mais de duas horas para ir e voltar do trabalho.” No Japão, esse espectador em trânsito é tão importante que foi criado um pico de audiência paralelo. Nos equipamentos móveis – que recebem o sinal digital de televisão aberta desde 3 de abril de 2007 – registram-se as maiores audiências entre 17 e 20 horas. Na televisão fixa, o horário nobre é de 18 a 21 horas.
Por causa disso, analistas imaginam que o consumo de TV será uma atividade mais individual. Cenas que poderiam ser consideradas fortes ou inapropriadas para a televisão fixa, na sala de estar, com a família reunida, seriam veiculadas para equipamentos móveis portáteis. As emissoras podem reservar um canal específico para transmitir programas de TV móvel. As telinhas de miniDVDs, já vistas hoje em alguns carros, poderão também ser telas de televisão aberta. Isso pode ajudar a diminuir a sensação de perda de tempo no trânsito ou distrair as crianças no caminho da escola. Com a televisão digital, a imagem se mantém com o mesmo padrão de qualidade durante deslocamentos de até 120 quilômetros por hora. No Japão, o número de pessoas com equipamentos de televisão em carros subiu de 260 mil, no ano passado, para 777 mil em 2007, segundo pesquisa da Japan Electronics and Information Technology Industries Association.
Se forem confirmadas todas as promessas, estará finalmente realizado o maior sonho tecnológico da era digital: a convergência de sons, imagens e dados em um único aparelho, exuberante como o cinema, interativo como a internet e onipresente como os celulares. Um aparelho que terá o mesmo nome daquele que está na sala de nossas casas: televisão.

O engenheiro paulistano Gustavo Araujo, de 28 anos, está pensando em comprar um novo aparelho de televisão. Em vez de aproveitar as promoções que tomaram conta das lojas, ele diz que ainda vai esperar. Araujo, funcionário da Telefônica de São Paulo, sabe que está nascendo uma nova era da TV no Brasil. No dia 2 de dezembro, a TV digital vai estrear no país. “Quero comprar um aparelho que já aproveite o potencial da nova tecnologia”, diz. “Vou poder ver filmes e navegar na internet no mesmo aparelho.”
Ele não é o único a alimentar expectativas de uma nova experiência diante da TV. A mudança deverá chegar, no futuro, à casa dos 163 milhões de pessoas com televisão colorida no Brasil. O início das transmissões digitais promete aos poucos revolucionar o entretenimento mais popular do país. A programação do governo federal prevê que a transmissão comece na cidade de São Paulo e siga para as demais capitais ao longo de 2008 e para o interior a partir de 2009. O Brasil inteiro deverá receber os sinais digitais até 2016. Aí as transmissões de hoje – analógicas – serão interrompidas.
No início, a surpresa se resume à imagem e ao som de melhor qualidade, com cores e um nível de detalhes equivalentes aos de DVD. O sinal da TV digital vem codificado. Se houver algum problema na transmissão do sinal, o sistema corrige as distorções. Isso significa que, aonde chegar o sinal digital, ninguém mais vai precisar colocar esponjas de aço na ponta das antenas. O novo formato exclui o risco de fantasmas, ruídos e interferências nas imagens. Quem comprar uma TV de alta definição (chamada de “full High Definition” ou “full HD” nas lojas) vai contar com uma qualidade jamais vista. A TV comum tem uma imagem composta de 307.000 pontos iluminados (os pixels). Na TV de alta definição, são 2 milhões de pixels. É quase um cinema.
Só isso deve justificar a compra de novos aparelhos para muita gente. Mas a maior promessa da TV digital vai além. Esse tipo de transmissão permite aos telespectadores interagir com as emissoras, seja opinando, seja comprando produtos que apareçam nos programas, seja estudando, em cursos pela TV. Para pessoas como Araujo, que passa duas horas por dia simultaneamente assistindo à TV e navegando na internet, há mais um atrativo. Com a TV digital, será possível concentrar na própria televisão os recursos de computador e os da televisão tradicional. Também será possível pagar contas, checar a restituição do Imposto de Renda ou até fazer a declaração de isento por um sistema da Receita Federal.
QUALIDADE Gravação da novela Duas Caras, da Globo. A emissora já está filmando com equipamentos de alta definição. Quem tiver uma TV adequada terá imagem de cinema
Essas possibilidades todas devem estimular a venda de aparelhos de TV no país, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). O Ministério das Comunicações calcula que o número de lares com TVs, hoje em 50,8 milhões, chegue a 80 milhões até 2012. Mas ninguém precisa correr para substituir sua TV agora. Para receber esse novo sinal digital, o consumidor pode optar por adquirir um aparelho receptor com antena embutida, chamado “set up box”, que será acoplado ao televisor. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirma que o preço partirá de R$ 200. A indústria por enquanto fala em R$ 700.
Uma boa amostra do que vem por aí é a TV japonesa, que já tem sinal digital há dez anos e cujo padrão de s transmissão de sinais será adotado no Brasil. “Aqui, os telespectadores já podem conferir informações sobre os programas na tela da TV”, diz Takakazu Ito, responsável pela área de desenvolvimento de novos produtos da emissora japonesa IPC World. “Quem está vendo um jogo de futebol pode acessar dados sobre o campeonato ou a carreira de cada jogador. Os filmes vêm com dados do roteiro ou do elenco.”
Segundo Ito, alguns programas japoneses começaram a usar os recursos de interação, ainda de forma incipiente. Há um programa de turismo em que os telespectadores podem se inscrever previamente e participar da atração. Todos “largam” com US$ 500. O apresentador, ao longo do programa, mostra locais turísticos, sempre apresentando opções de restaurantes e hotéis. De casa, o público vai marcando por meio do controle remoto suas escolhas e, ao final, quem encerrar “a viagem” com o orçamento mais próximo do definido no início ganha um prêmio. “Outra possibilidade que virou mania é dividir a tela, para que se possa assistir a diversos programas ao mesmo tempo. Isso pode significar o fim do zapping no controle remoto”, diz Ito.


Quando receberei o sinal digital em minha casa?Começará na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro. Depois, entram as cidades de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador. Todos os municípios do país deverão receber o sinal digital até 2016.Devo comprar o adaptador para a TV digital (set up box) ou uma nova televisão?Com um receptor, uma caixinha ligada à TV, é possível captar o sinal digital e obter imagem com qualidade de DVD. Mas quem quiser ver em alta resolução, como se fosse cinema, precisa comprar um aparelho de TV de alta definição (chamado “full HD”). Algumas dessas TVs já vêm com receptor embutido. No futuro, todas serão assim.É verdade que em algumas regiões o sinal digital de televisão pode não chegar?Sim. Quem hoje tem dificuldade para receber o sinal analógico também pode ficar sem o sinal digital. Em lugares como o subsolo será preciso usar uma antena externa digital.O que eu faço se não tiver sinal em minha casa?Se o consumidor chegar em casa após comprar o equipamento e não receber nenhum sinal, a dica é que procure o fabricante do produto. Se não estiver funcionando apenas um ou outro canal, é melhor que procure a emissora do sinal faltante, que deverá colocar uma antena retransmissora na região – se achar necessário – sem custos para o espectador.O que acontece se eu não quiser aderir à TV digital e não quiser investir em receptores internos nem externos?Nada até 2016, quando o sinal analógico comum deverá ser desligado. O que muda para quem assiste à TV com antena parabólica ou cabo?Continua tudo igual. As operadoras de TV por assinatura já transmitem digitalmente. Só que sem imagens de alta definição.